VI Congresso Transfronteiriço de Cultura Celta
Ponte da Barca acolheu, no passado fim-de-semana (15 e 16 de Junho), o VI Congresso Transfronteiriço de Cultura Celta promovido pela autarquia barquense, em parceria com a Universidade Católica Portuguesa, o Instituto de Estudos Celtas/Espanha, o Instituto de Estudos de Cultura Celta/Portugal e o Cenfipe – Centro de Formação e Inovação dos Profissionais de Educação. Organizado pela primeira vez em 2006, esta iniciativa visa a investigação, divulgação e valorização dos vestígios da presença celta no território do Noroeste Peninsular abrindo-se, no entanto a abordagens a temáticas mais contemporâneas como o Turismo, a Investigação científica entre outros.
Ao longo dos dois dias da iniciativa foi possível, graças à diversidade do painel, abordar as mais diferentes temáticas relacionadas com a Cultura Celta desde o direito, à toponímia, filologia, literatura, zoologia, música e claro arqueologia. O evento que contou com a presença de nomes como João Ferreira do Amaral, Mário Correia, Francisco Álvares, Brochado de Almeida, Barreto Nunes, Ramon Sainero, Fernando Alonso Romero entre outros proporcionou momentos de viva, interessante e por vezes polémica discussão com a activa participação do público nas temáticas apresentadas.
O evento científico, cuja realização se reparte, alternadamente, entre Espanha e Portugal, desde 2006, tem demonstrado uma grande atualidade e acerto nos temas abordados tem proporcionado a abordagem a temas tão diversos que é muito conseguida a simbiose entre diversas áreas científicas e comunidades académicas. O Congresso tem procurado alertar para a importância vital que tem a preservação do património material e imaterial de toda a área geográfica e para a necessidade da geração de sinergias entre os diversos atores (municípios, escolas, universidades...), de forma a não permitir a perda do património cultural que nos identifica.
Fátima Lobo, docente/investigadora da Universidade Católica (Braga), presidiu à Comissão Científica do Congresso e defende que “a Universidade Católica se revê na descentralização do conhecimento, na aproximação do conhecimento às realidades locais e na multidisciplinaridade que caracteriza este evento”, e considera, ainda, “que o Município de Ponte da Barca tem contribuído para a promoção e internacionalização do conhecimento do património material e imaterial da região e para a consciencialização dos jovens e da população em geral da importância da sua preservação”.
Vassalo Abreu, Presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, defende que “o congresso de Cultura Celta é já uma referência de Ponte da Barca, cujo sucesso das edições anteriores representa um contributo sério para o desenvolvimento local, para o conhecimento do património, para desenvolvimento de massa crítica em torno da herança cultural celta no Norte de Portugal e da Galiza e, naturalmente, para o turismo cultural”.
