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A Mui Dolorosa Paixão de Jesus Cristo

De novo em Bravães, ligam-se os cinco palcos onde corre por cerca de duas horas o "último" dia de Jesus Cristo na terra. Da inveja dos Judeus, á traição de Judas, ao lava-mãos de Pilatos, á morte na cruz depois do milagre que tornou possível a conversão de Longuinhos, o soldado romano e a contrição de Dimas o bom ladrão.


É uma peça de cariz religioso, seiscentista, em verso, ao gosto vicentino, a partir do original do Padre Francisco Vaz de Guimarães da edição de 1820, muito embora baseada na original que data de 1583 feita em Évora. Encenada num espaço apropriado, com o rigor da pedra a servir de cenário e o pórtico da Igreja românica com pano de fundo do calvário montado no adro.

Mais de quatro dezenas de atores amadores, sessenta figurantes, três gerações em palco, um guarda roupa primoroso. Luz, som, uma noite de tradição mas também de auto-estima numa terra que cresce e se mostra.

Como abertura o tradicional "Aumentar às Almas", em muitas terras denominado "Encomendar as Almas" ou "Ementar as Almas". A igreja( pelo toque dos sinos) e o povo, num canto de dor e de saudade, nas nove diferentes invocações que recordam a alma da família e dos amigos partidos mas também a prece aos santos da freguesia como se os que se foram "Deles fossem conhecidos".

É uma produção da Associação Cultural "Os Canários de Bravães", em parceria com a Câmara Municipal de Ponte da Barca, com o apoio da Junta de Freguesia de Bravães; Jaime Ferreri é o responsável pela encenação e direcção de actores.