BIBLIOTECA VERTICAL de Laureano Barros traduz-se como tributo indispensável ao nosso homenageado e a todos os que somaram às suas vidas um lugar privilegiado ao conhecimento, através da literatura, compondo extraordinárias bibliotecas para o futuro. Trata, este momento, da importância que sustenta o afã de lidar com livros e afins, cuidando e preservando uma das mais convictas riquezas da humanidade. Laureano Barros devotou parte substancial do seu tempo a esse desiderato, tendo sublinhado as últimas décadas de sua vida de uma espécie de recolhimento, em Ponte da Barca, na Quinta da Fonte da Cova, em convívio quotidiano com a sua espantosa biblioteca.
Ponte da Barca presta, a 17 de Junho próximo, o reconhecimento a um das suas mais ilustres figuras, com uma programação alicerçada em algumas das múltiplas possibilidades que o interesse pelos diversos suportes em papel propõe. Desde o contacto com a tradição da composição tipográfica manual, passando pelo trabalho louvável, compreendido na Colecção Ephemera, da responsabilidade de José Pacheco Pereira que, com a sua presença e total propriedade, dele nos dar conta.
É lançado o livro ´um grilo na varanda´, organizado por João Pedro George e chancela da Tinta da China, que encerra décadas de correspondência do inexcedível Luíz Pacheco para Laureano Barros, reflectindo as relações que o homenageado privilegiava com as mais singulares figuras da nossa literatura.
Depois de um trabalho intenso e motivante, é apresentado e exibido o documentário ´Laureano Barros´ de Paulo Pinto. Com depoimentos de Armando Alves, Eduardo Lourenço, Fernando Echevarría, Fernando Guimarães, entre outros, estamos perante um documento imprescindível para conhecer melhor o bibliófilo e o homem que foi este distinto barquense.
A homenagem finda com um concerto de Ricardo Ribeiro. O fadista apresenta mais um momento único do seu talento.
