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História e Património
Ponte da Barca, concelho montanhoso, ladeado da parte esquerda pelo rio Lima, eixo regional de comércio na direcção do litoral com as rotas do interior.
À semelhança da maioria das Terras portuguesas, Ponte da Barca tem origens muito remotas que devem corresponder a uma circunscrição pré-romana ou, pelo menos, romana, mas já era habitada desde os tempos pré-históricos como provam os achados arqueológicos.
Dos vestígios da ocupação romana por estas Terras, destacam-se várias peças de cerâmica, moedas e esculturas, encontradas maioritariamente na área da Serra Amarela. Mas de certo que, de todos os achados, o principal destaque vai para a Pedra dos Namorados encontrada na freguesia da Ermida. Trata-se da figura de um homem e de uma mulher em baixo relevo, que deve datar de uma época de plena Romanização do Noroeste Hispânico, que em 1903 foi levada para o actual Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, voltando de novo, em 1986, para o Museu da freguesia da Ermida, onde se encontra exposta.
Em tempos medievais, a região era conhecida como «Terra da Nóbrega», antepassado do concelho de Ponte da Barca, e circunscrição medieval que no século IX possuía já es aproximados aos do actual concelho. Esta Terra era uma das muitas circunscrições territoriais em que o nosso país estava dividido para fins administrativos, judiciais, militares e também religiosos. Correspondiam, em geral, a circunscrições romanas e os seus es identificavam-se, na maioria das vezes, com os acidentes geográficos.
O nome, Nóbrega, de provável origem celta, indica local fortificado e veio-lhe do altaneiro castro que lhe servia de reduto defensivo, situado no maciço rochoso, na freguesia de Sampriz. Mais tarde, Ourigo Ourigues que, provavelmente, foi o primeiro governador da Terra da Nóbrega, (re)edificou o Castelo da Nóbrega sobre as ruínas do velho castro.
Nos séculos XII e XIII, o povoamento começa a descer às margens dos rios, sendo assim fundada aquela que viria a ser a vila de Ponte da Barca. Esta, é marcada por um cruzamento de dois caminhos de ligação a Santiago de Compostela, um no sentido Norte-Sul (atravessando o rio), outro no sentido Poente-Nascente (ao longo do rio).
A história desta vila prende-se com o atravessamento do rio Lima, tendo sido primeiro denominada de Barca, porque o atravessamento era feito na época somente por uma barca, e passado posteriormente para Ponte da Barca, aquando da construção da sua primeira ponte, provavelmente, em meados do século XIV. Com a construção da ponte, a localidade reforça a sua importância no domínio comercial, constituindo um forte ponto de passagem, centro e eixo regional na direcção do litoral.
O Património monumental do concelho é igualmente de grande riqueza. Em Ponte da Barca, a ponte ocupa lugar de relevo por se tratar de uma das mais importantes pontes medievais do país, da primeira metade do século XV. Pelo concelho, é possível encontrar casas senhoriais, o Castelo e os Espigueiros do Lindoso, a Igreja Matriz, o Pelourinho, o Mercado Pombalino, as Igrejas dos Mosteiros de Bravães, Crasto e Vila Nova de Muía entre muitos mais exemplares, do património edificado existente no concelho.